quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Maior prova da inocência de Bruno é o filho dele com Eliza, diz advogado

O advogado Cláudio Dalledone Júnior disse nesta quarta-feira (10) durante audiência da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) que o goleiro Bruno Souza não tinha intenção de matar Eliza Samudio, sua ex-amante, pelo fato de o suposto filho que teria tido com ela estar vivo.

“A maior prova disso, se ele quisesse acabar com Eliza, ele teria acabado também com o filho, que é o Bruninho, e que é o objeto dessa controvérsia", afirmou Dalledone.

Segundo ele, o goleiro “nega de forma veemente” participação na suposta morte de Eliza Samudio. “Bruno nega, de forma veemente, ter participado, coadjuvado, emprestado auxílio ou determinado ou consentido que Eliza fosse morta ou desaparecesse”, afirmou a desembargadores que apreciam recurso da defesa dos réus sobre o sumiço da moça. Os advogados pedem que eles não sejam levados a júri popular.

A determinação de o goleiro e mais sete pessoas enfrentarem o júri foi feita em dezembro do ano passado pela juíza Marixa Lopes Fabiane Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), onde tramitou o processo.

De acordo com a assessoria do tribunal, os três desembargadores que cuidam atualmente do processo acataram o recurso em sentido estrito com pedido de impronúncia da defesa dos réus que estão confinados e a realização da audiência.

De acordo com decisão da juíza de Contagem, além do goleiro, mais três réus aguardam presos a data do júri popular. Outros quatro respondem em liberdade ao processo.

Na mesma sessão, os magistrados ainda vão analisar apelação do Ministério Público (MP), que reitera o pedido da pronúncia e ainda quer que os réus sejam incluídos em outros crimes nos quais a juíza entendeu que não cabia a eles.

Dalledone, durante sua sustenção oral, procurou atacar a juíza e o ex-advogado de Bruno, Ércio Quaresma, a quem disse que deixou o atleta sem defesa em vários momentos.

Além da impronúncia, o advogado pediu a nulidade do processo. Dalledone foi o segundo a fazer a sustentação oral. Todos os advogados terão o direito de falar aos desembargadores por dez minutos.

Réus

Bruno e Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, braço direito do atleta, vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele é apontado pela Polícia Civil mineira como o executor de Eliza Samudio.

Atualmente, Bruno e Macarrão estão presos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.

Já Sérgio Rosa Sales, primo do jogador conhecido como Camelo, está confinado na Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG), região metropolitana da capital mineira.

Outro primo do atleta, menor de idade, cumpre medida socioeducativa em Minas Gerais por prazo indeterminado – a cada seis meses a sua situação é reavaliada pela Justiça. A pena poderá se estender por até três anos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, esse é o tempo máximo previsto na lei para reclusão de menores.

Respondem ao processo em liberdade Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro, Fernanda Castro, ex-amante de Bruno; Elenílson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio em Esmeraldas (MG); e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigo do atleta.

Eles respondem por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Já Fernanda Castro será julgada por sequestro e cárcere privado de Eliza e do menino.

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