Dois PMs são indiciados por lesão corporal, e mulher reconhece bandido que a obrigou a levá-lo até Manguinhos

RIO - A delegada assistente Sânia Burlandi, da 6ª DP (Cidade Nova), disse nesta quinta-feira que pelo menos dois policiais militares do 5º BPM (Harmonia) foram indiciados pelo crime de lesão corporal pelos ferimentos sofridos pelas vítimas do sequestro do ônibus da Viação Jurema. Segundo a delegada, só após o laudo final do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) é que será possível verificar se há mais envolvidos no caso de lesão corporal.

Segundo a delegada, também não há mais dúvida sobre a autoria do roubo. O casal que estava no carro Zafira que foi usado pelo assaltante Clerivan da Silva Mesquita prestaram depoimento no início da tarde desta quinta-feira e a mulher reconheceu o bandido. Segundo Sânia, após render o casal, na Avenida Presidente Vargas, Clerivan determinou que eles seguissem pela Avenida Leopoldo Bulhões, onde obrigou os dois a pararem em frente à Favela de Manguinhos.

A delegada disse ainda que aguarda da decisão da Justiça ao pedido de prisão preventiva de Clerivan para tentar prendê-lo. Ela espera as imagens da CET-Rio para verificar se existe a hipótese de um quinto envolvido no crime, que estaria dirigindo um Fiat Palio Weekend.

Garoto morre eletrocutado em um parque de diversões no Agreste

Um garoto de 10 anos morreu eletrocutado em um parque de diversões na tarde de quarta-feira (10) em São Domingos, distrito de Brejo da Madre de Deus, Agreste de Pernambuco.

Segundo a polícia, Jairo Domingos dos Santos, de 10 anos, estava brincando com outro garoto próximo a um parque de diversões que está instalado no Centro do distrito para comemorar a festa do padroeiro de São Domingos, quando teria colocado a mão em uma escada de um dos brinquedos do parque e recebeu a descarga elétrica.

Jairo ainda foi socorrido para o Hospital Municipal Raymundo Francelino Aragão, em Santa Cruz do Capibaribe, também no Agreste, mas não resistiu e morreu.

O corpo do garoto foi levado ao IML de Caruaru, ainda no Agreste do Estado. A polícia deverá ouvir o proprietário do parque ainda nesta quinta-feira (11) para apurar se houve culpa pela falha nas instalações elétricas.

Ator Reynaldo Gianecchini deve começar quimioterapia na segunda

O ator Reynaldo Gianecchini, de 38 anos, deve iniciar a quimioterapia na próxima segunda-feira (15). Nesta quarta (10), ele, que está internado no Hospital Sírio-Libanês na região central de São Paulo, há uma semana, recebeu "o diagnóstico inicial" de um linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer que se desenvolve nos linfócitos.

Exames complementares deverão ficar prontos até esta sexta-feira (12). Em comunicado divulgado nesta tarde pela Central Globo de Comunicação, o ator falou sobre a doença. “Estou pronto para a luta e conto com o carinho e amor de todos vocês”, afirmou Gianecchini.

A ex-mulher do ator, a apresentadora Marília Gabriela, chegou para visitá-lo no hospital por volta das 19h40 e deixou o local às 21h15. Ela disse que Gianecchini "está bem".

A presidente Dilma Rousseff também teve um linfoma não-Hodgkin. A doença foi diagnosticada em abril de 2009 e ela se submeteu a um tratamento no mesmo hospital. O tumor de Dilma foi retirado para ser avaliado e, de acordo com a equipe médica, exames posteriores detectaram que ele era o único foco da doença no organismo. Ela passou por tratamento de quimioterapia preventiva para evitar o surgimento de novos nódulos. Em setembro do mesmo ano, os médicos disseram que ela estava “livre de qualquer evidência de linfoma”.

O ator estava em cartaz com a peça “Cruel”, que estreou em 27 de junho no Teatro Faap, na Zona Oeste de São Paulo. Segundo a assessoria do espetáculo, as apresentações foram suspensas há duas semanas. No comunicado de cancelamento, a assessoria disse que, após uma faringite crônica, o ator “foi tratado com antibiótico que resultou grave reação alérgica”.

Caso Monique: amigas e soldados podem ser indiciados por fraude processual

Podem ser indiciadas por fraude processual as jovens Monique de Freitas da Silva (à direita) e Mércia Cristina Vieira da Silva (à esquerda), que testemunharam a morte da amiga Monique Valéria Miranda (foto 3), 20 anos, no último domingo (07), ocorrida num quarto de um hotel de trânsito, dentro do Parque de Material Aeronáutico do Recife (foto 5), no bairro do Ibura. Os três soldados suspeitos de envolvimento no caso também poderão responder pelo mesmo crime.

A informação foi dada pelo delegado Igor Leite (foto 2), responsável pela investigação, após tomar o depoimento das duas mulheres e também da mãe de Mércia e do namorado de Monique de Freitas. "Os depoimentos colhidos no dia de hoje, principalmente da autora do disparo e da testemunha ocular, indicam que, na verdade, não houve um socorro prestado à vitima após o disparo. Um dos soldados teria constatado pela pulsação que a vítima já teria falecido, e então, com o intuito de ocultar a ação criminosa, ele teria simulado o socorro e solicitado que fosse feita a limpeza no local do crime, além de buscar a munição para substituir a que tinha sido deflagrada. Então, na verdade, o que houve foi a intenção de fraudar a cena do crime, que é crime de fraude processual", explicou.

O policial se referiu à limpeza feita no quarto onde a jovem foi morta e também à substituição do cartucho deflagrado por um intacto na arma que matou Monique Valéria - no momento do disparo, a pistola 9mm estava nas mãos de Monique de Freitas. A pena para o crime de fraude processual pode variar entre 4 e 6 anos de prisão.

Os depoimentos duraram aproximadamente três horas e aconteceram na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira. Elas chegaram chorando, acompanhadas de parentes, e não quiseram conversar com a imprensa. Após falar com o delegado, deixaram o prédio mais calmas.

Nesta quinta-feira (11), os pais da jovem que morreu serão ouvidos. Na sexta (12), será a vez dos três soldados. Inicialmente, prevê-se que o depoimento deles será tomado na Base Aérea, onde estão presos administrativamente.