sábado, 13 de agosto de 2011

Dezesseis suspeitos de fraudar Ministério do Turismo já estão soltos

Todos os 16 presos preventivamente na Operação Voucher da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira, foram liberados do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária do Amapá) ao longo da madrugada de hoje. Nesta sexta-feira, a Justiça concedeu habeas corpus a todos eles, suspeitos de participarem de um esquema que desviou R$ 3 milhões de um convênio com o Ministério do Turismo, segundo inquérito da PF.

Onze pessoas deixaram a prisão na madrugada até as 4h30. Número dois do ministério, Frederico Silva da Costa saiu por volta das 23h55, após habeas corpus concedido pelo juiz Guilherme Mendonça, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região. Na saída, ele não quis dar entrevista. Costa precisou pagar fiança de 200 salários mínimos, o equivalente a R$ 109 mil. Outra condição determinada pelo juiz é que ele se afaste do cargo no ministério.

A reportagem tentou conversar com Luiz Gustavo Machado, diretor do Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável), e com o empresário Dalmo Queiroz, num hotel em Macapá, mas eles não quiseram dar entrevistas. Machado viajou para São Paulo com a mulher, Maria Helena Necchi, que também havia sido presa pela PF.

OPERAÇÃO VOUCHER
Deflagrada na terça-feira, a Operação Voucher, da Polícia Federal, prendeu um total de 36 pessoas, em São Paulo, Brasília, Curitiba e Macapá. Ao todo 38 mandados de prisão foram expedidos na ação que envolveu 200 policiais. Duas pessoas seguem foragidas.

As investigações começaram em abril e apontaram possíveis irregularidades em um convênio de R$ 4,45 milhões firmado entre o Ministério do Turismo e o Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável).

Força Nacional prende dois supostos traficantes em Maceió

Dois supostos traficantes foram presos pela Força Nacional na madrugada deste sábado (13), quando se encontravam na rua São Sebastião, no bairro Bom Parto. Com a dupla, os policiais encontraram 19 gramas de maconha, 5 pedras de crack, R$ 450, além de uma balança de precisão.

Os dois foram identificados na Central de Polícia como David Ferreira Santos, 19 anos, e G.J.S., 16 anos. Eles foram autuados em flagrante pelo delegado plantonista Haroldo Lucca.

De acordo com a Polícia Civil, deve ser iniciada uma investigação para identificar de onde a droga foi trazida. O caso será investigado pelo delegado de Repressão ao Narcotráfico, Ronilson Medeiros.

Carreta tomba na BR 101 e motorista fica preso às ferragens

Uma carreta que transportava cimento tombou no final da tarde deste sábado (13), às margens da BR 101, no município de Pilar. No acidente, o motorista José Santos Souza ficou preso às ferragens e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL).

Além do motorista, o ajudante Guilherme Souza Silva também ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE). As causas do acidente ainda são desconhecidas, segundo o Serviço de Informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No entanto, o trânsito não foi afetado, já que a carreta tombou no acostamento e grande parte da carga foi saqueada. Ainda de acordo com a PRF, a carreta pertence a Mineral Serviços Geológicos e o cimento transportado estava sendo levado de Pernambuco para a Bahia.

Casal é sequestrado e tem carro roubado em Arapiraca

Um casal foi sequestrado e teve o carro roubado nesta sexta-feira (12), quando viajava de Porto Real do Colégio para Arapiraca, segundo a Polícia Militar (PM). Rogério José de Oliveira, 28 anos, e Roberta Juliana Cristóvão, 25 anos, foram interceptados por três homens armados em um canavial e feitos reféns.

As vítimas, que residem no bairro Alto do Cruzeiro, em Arapiraca, ficaram em poder dos sequestradores por três horas, segundo relataram à PM. Eles foram soltos em um povoado localizado no município de Girau do Ponciano, mas não ficaram feridos.

De acordo com Rogério José de Oliveira e Roberta Juliana Cristóvão, o carro roubado pelos sequestradores é um Uno verde de placa MUZ-4972/AL. Eles também furtaram dois celulares e aproximadamente R$ 150, além de cartões de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF) e Bradesco.

O casal prestou queixa na Central de Polícia de Arapiraca, mas até este sábado (13) nenhum suspeito havia sido preso.

Deputada é acusada de levar verba desviada do Turismo

Depoimentos prestados por integrantes do suposto esquema de desvio de dinheiro público do Ministério do Turismo que usava ONGs de fachada apontam a deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) como beneficiária da fraude. Indicam também que os recursos desviados teriam sido utilizados na campanha eleitoral. Quatro envolvidos no caso disseram à Polícia Federal que a peemedebista recebeu parte dos recursos desviados pela quadrilha em convênios da pasta. Ela é a autora das emendas que deram origem aos contratos que estão sob suspeita. A reportagem teve acesso aos depoimentos revelados ontem com exclusividade pelo portal estadao.com.br.

Um dos depoentes, Errolflynn de Souza Paixão, repetiu, em entrevista ontem à reportagem, a mesma versão que deu à PF sobre o envolvimento da deputada. De acordo com os relatos à polícia, Fátima Pelaes teria montado uma estrutura no Amapá para levar recursos públicos para ela própria e para sua campanha à reeleição no ano passado.

Fátima Pelaes é autora das emendas parlamentares que favoreceram o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), entidade pivô do esquema investigado pela PF. A Operação Voucher, desencadeada pela PF na terça-feira, prendeu 35 pessoas, incluindo os quatro investigados que prestaram depoimentos que comprometem a deputada.

Um dos depoimentos é de Merian Guedes de Oliveira, que aparece como secretária da Conectur, uma cooperativa fantasma do Amapá que, segundo a investigação, foi subcontratada pelo Ibrasi por R$ 250 mil e celebrou convênio com o próprio Ministério do Turismo em 2009 no valor de R$ 2,5 milhões. Merian disse que foi avisada pelo patrão e dono da Conectur, Wladimir Furtado, de que Fátima Pelaes ficaria com os recursos do Turismo destinados ao Amapá. Furtado foi preso na operação.

Outro depoimento que menciona o nome da deputada foi o de Paixão que já foi sócio da Conectur. Segundo ele, “Wladimir chegou a dizer que o dinheiro seria devolvido à deputada”. Ontem, em entrevista gravada, Paixão deu a mesma versão. “A deputada tinha pedido para ele (Wladimir) apresentar uma entidade que pudesse receber o recurso da emenda para desenvolver um trabalho de qualificação do Turismo. E ele disse: ‘Eu sei que a entidade pega o dinheiro e retorna para ela’.”

RESPOSTA - A deputada Fátima Pelaes divulgou nota na noite desta quinta-feira, por intermédio de sua assessoria de imprensa, em que repudia as declarações de Errolflynn Paixão. Ela nega ter recebido recursos de empresas ou instituições ou qualquer esquema fraudulento e diz que tomará as medidas cabíveis contra as “calúnias”.

“Meus sigilos bancário, fiscal e telefônico estão à disposição”, disse. Fátima Pelaes se exime da responsabilidade de fiscalizar a aplicação devida de recursos do Ministério do Turismo e declara que, “até onde tinha conhecimento, a instituição vinha realizando cursos”. “Fui a uma entrega no Oiapoque. Agora, não posso assegurar quais os valores destinados em cada curso e a qualidade dos serviços. Isso é uma função dos órgãos responsáveis”, disse.

A parlamentar afirmou que solicitou “uma rigorosa análise técnica e jurídica e o que ainda couber” para apurar suposto desvio de recursos do Turismo. “Estou acompanhando o desenrolar da investigação dos órgãos competentes com a expectativa de que todos os fatos sejam esclarecidos e, na identificação dos culpados, que sejam punidos.”

A peemedebista disse ter destinado R$ 4 milhões, por emenda parlamentar, a projetos de qualificação e outros R$ 5 milhões para o Programa de Desenvolvimento do Turismo no Nordeste (Prodetur). “A destinação desses recursos tiveram (sic) como base estudos elaborados pelo Ministério do Turismo” ainda na gestão de Walfrido dos Mares Guia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dilma considera inaceitável divulgação de fotos da Operação Voucher

A autenticidade das imagens foi confirmada pela Justiça do Amapá.



A presidente Dilma Rousseff considerou "inaceitável" a divulgação de fotos dos presos na Operação Voucher, realizada pela Polícia Federal, que resultou na prisão de 35 pessoas acusadas de envolvimento em irregularidades no Ministério do Turismo. A informação foi prestada nesta sexta-feira (12) pelo porta-voz do Planalto, Rodrigo Baena Soares.

O Planalto informou ainda que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, considerou o vazamento das fotos "uma violação do princípio da dignidade do preso".

O fato causou ainda mais irritação de aliados políticos que já haviam se considerado "expostos" pela Polícia Federal, com permissão para que fossem feitas imagens dos presos, criando mais problemas à presidente, que recebeu inúmeras queixas no Planalto.

As reclamações preocupam o governo que já enfrenta graves problemas com a base no Congresso pela demora na liberação de emendas e de nomeações para cargos.

Mais cedo, o ministro da Justiça encaminhou ofício ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Cézar Peluso, pedindo que o Conselho Nacional de Justiça tome providências sobre o vazamento das fotografias dos presos na Operação Voucher. Os detidos aparecem nas imagens sem camisa e segurando placas de identificação.

O Palácio do Planalto informou também que, em resposta ao ofício de Cardozo, Cézar Peluso disse ao ministro da Justiça que vai encaminhar a denúncia ao Ministério Publico, ao governo estadual e à Vara de Execuções de Macapá.

Exclusivo: jovens falam sobre festa na Aeronáutica





 Em entrevista à Globo Nordeste, elas contaram detalhes sobre o caso, que terminou na morte de Monique Valéria, atingida por um tiro no último domingo.



As duas jovens que participaram da festa dentro do hotel de trânsito da Aeronáutica falaram, com exclusividade, para o repórter da Globo Nordeste Sérgio Borges, nesta sexta-feira (12). Elas contaram todos os detalhes sobre o caso, que terminou na morte, no último domingo (07), de Monique Valéria de Miranda Costa, de 20 anos, atingida com um tiro de pistola no rosto. Uma das mulheres disse que segurava a pistola no momento do acidente, mas não sabia que a arma estava carregada.

Monique Freitas da Silva e Mércia Vieira da Silva disseram que foi a amiga Monique Valéria quem as convidou para uma festa na Aeronáutica e que não houve dificuldades para entrarem com os soldados.

"A gente entrou no carro, entramos normalmente (no local), não nos abaixamos, nem nada. Ele ligou para a cancela dentro do carro, o Gonzaga. Quem estava dirigindo era o Bruno, mas Gonzaga ligou para a cancela e fez 'abre os portões que a gente já está chegando'. Aí, quando a gente passou, já estava tudo aberto. Entramos normal, não nos abaixamos, não nos escondemos" relembrou Monique Freitas.

Elas contaram que todos foram para um dos quartos do hotel de trânsito: começaram a conversar, beber cerveja e brincar com duas pistolas, chegando a tirar fotos com as armas. "Só foi tirando foto, mesmo, e apertando o gatilho, mas ele não tinha bala. Eu tinha certeza que não tinha munição porque ele disse que aquela arma não é feito as outras, que rodam. A munição bota em baixo e tinha um buraco. Não tinha o pente de munição da arma”, explicou Mércia Vieira.

De acordo com as jovens, houve um momento em que o soldado Gonzaga pegou a pistola e saiu do quarto, dizendo que iria assinar a folha de ponto. Ele voltou minutos depois e entregou a arma a Monique Freitas. Ela admite que segurava a pistola quando a bala foi disparada no rosto da amiga, que morreu na hora.

"Quando ele voltou, que passou por mim, eu toquei no coldre dele. Aí, ele pegou e me deu a arma. Ele está dizendo que eu puxei. Não puxei. Ele tirou e me deu a arma. A gente começou a conversar e a brincar de novo. Aí eu só fiz puxar um negocinho de cima. Quando eu puxei e soltei, aí a bala saiu. Eu só escutei o disparo, somente", disse Monique.

As duas confessam que, logo depois do crime, inventaram uma primeira versão da morte da amiga: contaram à polícia de que Monique Valéria foi atingida por uma bala perdida quando todos estavam na rua. "A caminho do hospital, o tempo todinho ele dizendo que não era que tinha sido ali, que tinha sido em outro lugar, que tinha sido bala perdida", afirmou Monique.

O advogado Carlos Ribeiro de defesa admite que Monique cometeu o crime de homicídio culposo, sem intenção de matar. "Ela não teve a intenção. Ela não teve o dolo de realizar a ação. Vamos dizer assim, que foi uma ação totalmente em que houve por parte dela uma negligência, mas não de imperícia porque ela não é acostumada a usar isso, ao usar o armamento. mas, de forma totalmente casual", falou.

As três jovens haviam se tornado amigas a poucos meses. Monique Freitas se emocionou ao falar de como recebeu o perdão dado pela mãe de Monique Valéria de Miranda Costa. "Eu já disse a ela. 'A senhora me perdoou, seu marido me perdoou e eu tenho certeza que Deus me perdoou, porque ele sabe que eu não fiz por querer, mas eu nunca vou me perdoar porque eu tirei uma vida. Querendo ou não eu tirei uma vida”, chorou.

DEPOIMENTOS
Os três soldados envolvidos na farra dentro do hotel de trânsito da Aeronáutica prestaram depoimento nesta sexta-feira (12) à polícia. Eles chegaram, por volta das 14h, à sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) separados e sem farda. Eles estavam presos numa unidade da Aeronáutica, mas a Justiça Militar concedeu, na última quinta-feira (11), liberdade provisória para os três soldados.

Depois de cinco horas, os depoimentos, que não puderam ser acompanhados pela imprensa, terminaram um pouco antes das 19h. O delegado Igor Leite, que coordena as investigações, contou o que os soldados disseram sobre os tiros que acertaram a vítima.

“Os soldados, inicialmente, narraram uma versão fantasiosa e bastante contraditória com aspectos importantes da investigação que não ficaram devidamente esclarecidos. Ora informaram que duas armas teriam sido manuseadas e, em outro momento, o depoimento de um deles informava que apenas uma arma havia sido manuseada, inclusive o momento da utilização da arma de fogo, houve grande discordância. O disparo, de acordo com o conjunto probatório que temos, foi acidental e o soldado da Aeronáutica que entregou o armamento agiu de forma culposa quando entregou o armamento, e os demais agiram de forma negligente, imprudente, quando permitiram que o fato acontecesse daquela forma. Por esse motivo, não há outra alternativa que não o indiciamento de todos os soldados da Aeronáutica por homicídio culposo, além do indiciamento de todos por fraude processual e da garota que efetuou o disparo por homicídio culposo”, afirmou o delegado.

O primeiro a prestar depoimento foi o soldado Bruno Lima, de 26 anos, responsável pela cancela. Após o depoimento, que durou cerca de uma hora e meia, o advogado dele, Cristóvão Cavalcanti, falou sobre o caso. “Ele é o canceleiro, ele não portava arma na hora, não tinha nada. Ele veio só esclarecer alguns detalhes: quem estava com a arma, como foi o acontecido, se realmente existiu a questão da omissão de socorro, que não houve”, disse.

AERONÁUTICA
A assessoria de imprensa da Aeronáutica informou, nesta sexta-feira, que a instituição é a principal interessada na apuração dos fatos, que vai apontar a responsabilidade do que aconteceu. A assessoria informou também os militares da Aeronáutica não concordam com a atitude das pessoas que possam ter contribuído para o que aconteceu no quartel.

Um tremor de 5,5 graus na escala Richter com epicentro no Pacífico sacudiu nesta sexta-feira (12) zonas do oriente, centro e ocidente de El Salvador, incluindo a capital, sem que haja notícias de vítimas nem danos, informaram diversas fontes. O Serviço Nacional de Estudos Territoriais (SNET) disse em um comunicado preliminar que o tremor foi registrado às 18h53 (hora local, 21h53 de Brasília) e teve seu epicentro a 35 quilômetros ao sul da lagoa San Juan del Gozo, departamento oriental de Usulután, a uma profundidade de 45,8 quilômetros.

Um tremor de 5,5 graus na escala Richter com epicentro no Pacífico sacudiu nesta sexta-feira (12) zonas do oriente, centro e ocidente de El Salvador, incluindo a capital, sem que haja notícias de vítimas nem danos, informaram diversas fontes.

O Serviço Nacional de Estudos Territoriais (SNET) disse em um comunicado preliminar que o tremor foi registrado às 18h53 (hora local, 21h53 de Brasília) e teve seu epicentro a 35 quilômetros ao sul da lagoa San Juan del Gozo, departamento oriental de Usulután, a uma profundidade de 45,8 quilômetros.