Para ministro, Brasil já tem condições de 'desindexar' a economia; ministro teve audiência em comissão do Senado nesta terça-feira
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta terça-feira (23), que os aumentos de salários, inclusive do salário mínimo, que deve subir quase 15% em 2012, não são inflacionários.
"Não acho que aumentar salário é inflacionário. Já passamos disso", declarou ele durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
Apesar de ter indexado o salário mínimo ao comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) e à inflação, medida pelo Índide Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) até 2014, ou seja, no fim do mandato da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda disse que o Brasil já está em condições de "desindexar" a economia.
A indexação, segundo economistas, dificulta o controle da inflação no Brasil."A desindexação é tarefa difícil de fazer. Quando conseguiu domar a inflação [em 1994, no plano Real], ficou lá um resíduo. Ficaram desconfianças e o Brasil teve de indexar. O setor elétrico tinha de garantir a remuneração. Havia ainda a memória do passado, que poderia voltar. Mas já estamos em condição de desindexar. Já estamos fazendo isso no campo da energia elétrica, mudando os indexadores", declarou.
Ele lembrou, entretanto, que o governo ainda emite títulos públicos atrelados à taxa básica de juros da economia, as chamadas Letras Financeiras do Tesouro (LFT). "Temos as LFT e os contratos indexados ao IGPM, que corrigem aluguéis mas não é um bom indexador. Continua sendo usado porque é faculdade das pessoas usarem. Podemos fazer uma campanha para que adotem um outro índice, que é o IPCA", afirmou Mantega.
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