quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Presidente nacional do PSB, reeleito para o governo de Pernambuco com 83% dos votos válidos, Campos vinha já emergindo, aos 46 anos, como o primeiro entre os seus pares da nova geração de políticos brasileiros. “Dudu Beleza”, como os conterrâneos o apelidaram, precisava, no entanto, de uma oportunidade para demonstrar poder e prestígio além dos limites de seu Estado e do Nordeste. A vacância, por aposentadoria do titular, da cadeira do TCU que cabia à Câmara preencher, veio a calhar. Patrocinou o nome da genitora e foi um filho exemplar como articulador político. Mas não um exemplo para o decoro e a integridade das instituições políticas.
Criado como órgão de assessoria e fiscalização da Câmara, o TCU foi no passado um cabide de madeira de lei onde os governantes de turno penduravam as ambições de seus aliados a caminho do fim da carreira. Uma reforma no sistema de nomeação de seus ministros, com a adoção de cotas para o Executivo e para o Legislativo, e a gradativa ampliação dos seus quadros técnicos tornaram o órgão mais matizado, logo menos dependente dos interesses dos padrinhos de seus membros, além de mais apto a identificar irregularidades em obras e serviços contratados pelo governo federal. O prestígio público do Tribunal cresceu com a multiplicação das fraudes reveladas e das recomendações para a suspensão das empreitadas até que os seus vícios fossem sanados. O que, para surpresa de ninguém, levou o então presidente Lula a fazer uma campanha contra o que seria o excessivo rigor das decisões do colegiado. A propósito, também a futura ministra Ana Arraes acha que “é preciso rever essa questão, porque a paralisação (de obras) às vezes sai mais cara do que a continuação com retificação (dos ilícitos apurados)”.
Contrastando com o fortalecimento do caráter republicano da instituição, a operação filial desencadeada por Eduardo Campos – que chegou a se instalar com armas e bagagens em Brasília – foi uma exibição de coronelismo à moda antiga, cultive ele quanto queira o perfil de gestor moderno e político de novos costumes. Ele rodou o País, fazendo saber aos líderes regionais que, já nas eleições municipais do próximo ano, colocará a sua influência a serviço dos candidatos que, direta ou indiretamente, tiverem ajudado a eleger a sua genitora. Repetiu a dose à exaustão na capital federal. O senador tucano Aécio Neves, que vê em Campos um possível companheiro numa chapa presidencial, engajou-se na campanha de Ana. Assim também o seu sucessor no Executivo de Minas, Antonio Anastasia, e os governadores tucanos de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Paraná, Beto Richa. Sem falar no ex-presidente Lula.
A sua interferência impediu que o comando petista na Câmara ordenasse o fechamento da questão em torno de Aldo Rebelo; o voto da bancada foi liberado. Campos fincou posições também no PMDB, ao prometer o apoio socialista à pretensão do partido do vice Michel Temer de ficar com a presidência da Casa em 2013. O PSB prometeu liberar emendas que dependem do Ministério da Integração Regional, controlado pela legenda. E, para facilitar a vitória da mãe, Campos manobrou para manter na disputa candidatos sem chances. Foi, nas palavras do senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, dissidente do PMDB, “um exemplo do vale-tudo na política”.
Fonte: O Estadão*
Caruaru poderá integrar o Circuito do Frio
A Câmara de Vereadores de Caruaru aprovou por unanimidade a inserção da cidade no Circuito do Frio. A intenção é movimentar a economia da cidade também no período pós “São João”.
De acordo com o vereador Adolf José (PDT/Caruaru), o município é "um dos principais de Pernambuco, está geograficamente bem localizado, possui clima frio com uma pluviometria de cerca de 662mm ao longo do ano e está naturalmente dentro dos critérios para receber o evento".
A inteção é que o Monte do Bom Jesus, com altitude de 630 metros faça parte do calendário do evento: "nada mais conveniente que o respectivo monte, quando estiver devidamente reestruturado, fazer parte do calendário das festividades do Circuito do Frio, sendo o principal ponto das festividades em Caruaru”, defende o vereador.
O pedido foi encaminhado ao Prefeito José Queiroz, extensivo à Fundação de Cultura e Turismo, para que a proposta seja analisada e, assim, efetivada.
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